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Com o objetivo de garantir as condições de estudo do corpo discente, sobretudo de alunos de baixa renda, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) lançou o concurso público em seu campus de São José dos Campos para construir uma moradia estudantil para 240 estudantes.
A fim de causar o menor impacto possível ao meio ambiente, procurou-se pousar a edificação no terreno sem descaracterizá-lo, e levando em conta as curvas de nível e a orientação geográfica, buscar a melhor implantação possível para o programa proposto à moradia estudantil da Unifesp. Para permitir ampliações posteriores, e evitar grandes caminhadas em um terreno irregular, optou-se pela proposta de uma torre, que obedecendo o gabarito de 8 andares satisfizesse o conjunto de necessidades do edifício, e dialogasse com o prédio existente da universidade. Para os espaços do programa de uso coletivo geral, a topografia acidentada serviu como pressuposto para enterrar parte do edifício no solo, e usufruir do conforto térmico que isso gera, tomando posse das belas vistas da mata e das montanhas cujo terreno dispõe. A criação de praças, vazios e pontos de interesse em todo o percurso do terreno conectam o conjunto proposto com a mata, a quadra poliesportiva existente, e o prédio edificado. No ponto mais alto do terreno, o mirante na cota 600, até o ponto mais baixo, a área de convivência na cota 581.
Duas torres com unidades habitacionais, ligadas entre si por áreas de lazer e de convivência transparentes, pousando sobre o embasamento de concreto, arrematam longitudinalmente o conjunto, criando um diálogo e uma transição entre a rua e a mata. Utilizando as estações de tratamento de água ou cisternas de armazenamento de águas pluviais, para posterior utilização e painéis solares fotovoltaicos, o edifício se mantém sustentável, necessitando o mínimo possível de abastecimento extra. As paredes brancas e com poucas aberturas na face oeste proporcionam maior reflexão solar, e consequentemente maior conforto térmico.
O pavimento térreo em continuidade com a rua amplia e transfere para dentro do lote os passeios públicos. A diluição de fronteiras entre o público e o privado permite que o pedestre transite fluidamente entre a escala metropolitana e a escala local. O nível 595 do terreno, onde está implantado o pavimento térreo é uma grande praça, distribui os acessos de uso coletivo, privado e de serviços, e faz a ligação de todos os acessos às vias, ao edifício existente e à quadra poliesportiva, totalmente acessíveis ao pedestre e ao ciclista. Estão no pavimento térreo os serviços, administração e os acessos ao bloco social no pavimento inferior e às torres de dormitórios.
As áreas de convivência do programa de necessidades se acomodam no embasamento escavado, onde o desdobramento das cotas permite o acesso tanto pelo térreo como pelo pavimento inferior. Estando em contato com a terra na face sul, suas aberturas para o norte e para o oeste, áreas com a melhor vista, ficam protegidas respectivamente por um grande beiral e por brises em tela metálica perfurada e em aço corten. Na fachada leste uma grande praça com área verde fornece sombra e integração entre os moradores.
Concurso para moradia estudantil da Unifesp
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
Campus São José dos Campos - SP
PROJETO
2015
ÁREA DO TERRENO
12.929 m²
ÁREA DE CONSTRUÇÃO
6.545 m²
ARQUITETURA
Fernanda Almeida
Silvia Mori
CONSULTORIA
P&P consulting ltda.