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A proposta para a Casa da Sustentabilidade no Parque Portugal em Campinas é uma construção modelo de possibilidades alternativas de métodos, materiais, técnicas e tecnologias economicamente, socialmente e ecologicamente corretos. Deste modo, busca estabelecer um diálogo com a população, que além de educar e orientar deve sobretudo provocar e convidar a participar, trabalhando em conjunto para inserir profundamente a questão sustentável na sociedade, agindo como uma importante ferramenta social.
Sendo uma área do parque consolidada, o partido busca resgatar as áreas subutilizadas do terreno, revitalizando em alguns casos, e criando um propósito de ser em outros, a partir da compreensão do edifício como um elemento catalisador que estrutura a paisagem. Os caminhos cumprem além da função de trajeto entre pontos de interesse, a função contemplativa das técnicas empregadas, sendo um percurso explorador e investigativo.
Buscando a implantação ideal do edifício, optou-se por acomodá-lo no platô existente do terreno em posição central, sendo destacado pelo talude e emoldurado ao norte e oeste pela belíssima vegetação presente, e ao sul e leste pela vista do parque. Inserir o edifício próximo ao talude significa também tirar proveito do desnível acentuado para que os vestiários pudessem oferecer sanitários secos à população, a fim de familiarizar os cidadãos com essa técnica ecológica. Para que os sanitários secos sejam viáveis, são deslocadas as cotas de nível próximas, e a terra retirada do local é reutilizada como material de construção do edifício para levantar as paredes de taipa de pilão.
O programa do edifício contém quatro usos distintos, sendo eles: administração, serviços, exposições e reuniões, que através de uma organização clara, tem o bloco da administração e serviços voltados para as faces norte e sul, o bloco de reuniões voltado para a face leste e oeste, e o espaço de exposições em posição central delimitado pelos outros dois blocos.
Com o objetivo de enriquecer a experiência do visitante, criou-se um acesso à cobertura jardim do edifício, que pode, desta maneira explorar de um outro ângulo todas as decisões sustentáveis do partido arquitetônico, servindo também a possíveis eventos como espaço multiuso.
O pleno atendimento à acessibilidade universal como princípio fundamental está presente em usos comuns e privados, do pavimento térreo à cobertura integrando a edificação, o parque e a cidade com percurso de pedestres e ciclovia.
As referências estéticas do partido arquitetônico foram as fazendas de café de Campinas, características do séc. XIX e as ocas indígenas, resgatando o valor histórico da região.